Projeto Hortas
Projeto de Extensão Universitária do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Espécies invasoras para o Brasil e o prejuízo para a Agricultura
sexta-feira, 17 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
sábado, 17 de novembro de 2012
Como montar minha horta na garrafa Pet?
Por: Tatiana Melo
Com a redução dos espaços cultiváveis no ambiente urbano, precisamos adaptar aos novos espaços disponíveis para a população neste meio. O contato com espécies vegetais permitem uma série de benefícios à saúde e também ao meio ambiente. O contato com as plantas proporcionam ação terapêutica, além de sensação de bem estar, sem falar que ter ervas aromáticas, hortaliças e temperos ao alcance das mãos se torna um trunfo para aquisição de uma vida saudável e prazerosa. Com isso apresentamos então várias formas de cultivar em pequenos espaços utilizando garrafas pet, a confecção é simples o material é super barato e o espaço que precisa é mínimo, tudo para você que acha que não tem espaço em casa ou no seu apartamento poder cultivar com qualidade e criatividade!
O primeiro passo para se ter sucesso no momento em que for montar sua horta na garrafa pet é observar o melhor local para colocá-la, observando se a luminosidade estará de acordo com os vegetais escolhidos para o cultivo, nos modelos mostramos bons resultados utilizando alface, rúcula, cebolinha, salsinha, coentro, alecrim entre outras.Vejamos os materiais que vamos precisar:
1 Alicate
1 Rolo de arame galvanizado
1 Tesoura
1 Estilete
1 Saco de terra vegetal 10kg
1 Saco de areia 10kg
Mudas de hortaliças
Garrafas Pet
Pincel
Para o primeiro modelo vamos precisar de uma garrafa Pet, você írá recortar a garrafa como mostra a foto ao lado. Corte 70cm de arame galvanizado em seguida, enrole o bico da garrafa com o arame galvanizado, faça um gancho com o axílio do alicate na parte superior do arame, como mostra abaixo.
Você irá misturar a terra e a areia, na proporção de 1:1, coloque a mistura dentro da garrafa com o auxílio de uma pá de jardim e em seguida acomode a muda de escolha. Este modelo é suspenso e fica ótimo para colocar em paredes ou pendurar em janelas ou varandas, plantas com raízes mais profundas se adaptam bem quando cultivadas neste modelo. Quanto realizar pequenos furos no fundo da garrafa, a escolha é sua, pois se as mudas forem regadas com cuidado, e sem excessos não existe necessidade de furar o fundo, mas caso sua horta fique em locais abertos onde possa ser atingido por chuvas melhor que realize pequenos furinho no fundo da garrafa, neste caso é aconselhável forrar o fundo com manta bindim e brita para não perder substrato em excesso. Esta dica é válida para todos os modelos.
Neste modelo vamos precisar de três garrafas pet com tampa, a primeira garrafa deve ser recortada como mostra as figuras, um espaço de cinco dedos ao meio entre o fundo e a tampa.
Assim como mostra no passo 4, recorte as outras duas garrafas na parte superior, e em seguida encaixe as duas parte na parte inferior da garrafa que foi cortada primeiro, como mostra o passo 5 e 6, realize os dois furos com o estilete e encaixe na medida da tampa, finalizando com o fechamento da mesma.
Este modelo funciona como um vaso com suporte, use a criatividade e decore o ambiente.
O próximo modelo é ideal para quem deseja ter temperos como salsinha, cebolinha e coentro ao alcance das mãos. Neste utilizaremos duas garrafas pet como mostra em 1. Eecorte ambas garrafas como mostra em 2 e 3, em seguida encaixe as partes como mostra em 4, marque três círculos como mostra em 5 e recorte na marca indicada.
Veja abaixo o modelo pronto, somente preencher com terra e acomodar as mudas.
O próximo modelo também pode ser utilizado em hortas suspensas, precisa-se de uma garrafa pet cortada como mostra abaixo. Em seguida deverá envolver a garrafa com o arame galvanizado como mostra em 2 e 3 formando uma alça, assim como visualizado em 4.
Veja abaixo este modelo depois de pronto.
Abaixo o último modelo que irei apresentar hoje, também pode ser suspenso funcionando como um varal verde, a quantidade de garrafas há serem utilizadas fica à seu critério, podendo variar de acordo com o espaço disponível. Neste utilizamos quatro garrafas pet de cores alternadas. Primeiramente corte as garrafas com um espaço de cinco dedos na parte superior como mostra em 2, em seguida faça dois furos com o estilete na mesma direção em todas as garrafas, como mostra em 3. O próximo passo é unir as garrafas com o auxílio do arame como mostra em 4.
Estes são alguns dos modelos que podemos fazer utilizando garrafas pet, o Projeto hortas possui inúmeros outros modelos, onde cultivamos com qualidade.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Cuidado com a água
Todos sabem que as plantas precisam ser regadas. É claro, elas não vivem sem água. Nem elas, nem nenhum outro ser vivo... Mas molhar as plantas não é simplesmente despejar água. Cada planta tem uma necessidade hídrica diferente, que está relacionada com a evaporação do solo e a transpiração da própria planta. Nas épocas quentes, é fácil lembrar de molhar as plantas, e quando nos esquecemos, muitas vezes, São Pedro ajuda. Em períodos secos, quando a umidade relativa do ar é baixa, tanto a evaporação quanto a transpiração são altas, mesmo que esteja frio, como no inverno. Assim, devemos nos preocupar com a hidratação das plantinhas o ano todo. Molhar de menos leva à murcha das folhas, que pode ser revertida em muitos casos.
Mas qual seria a melhor hora de molhar as plantas?
Bom, o ideal é “aguar” bem cedo, antes ou logo que o sol nascer. Não adianta nada molhar as plantas ao meio dia, pois a evapotranspiração não será compensada com uma rega neste horário. Se não der pra molhar pela manhã, prefira à noite, antes de você ir dormir.
E quanto ao excesso de água?
Bom, primeiro temos que entender, que para as plantas, o problema não é o excesso de água, e sim a falta de oxigênio. A planta respira, como nós. Quando o solo está muito encharcado, falta oxigênio para as raízes, uma condição conhecida como hipóxia ou anóxia, dependendo do quão baixo é o nível de oxigênio disponível. Para saber quanto de água sua plantinha precisa, pesquise o tipo de solo ideal para cultivá-la. Plantas que preferem solos bem drenados não toleram alagamento e por isto você deve ou molhar pouco ou cultivá-la em um substrato mais arenoso. Um exemplo seriam os cactus e as suculentas. Estas plantas sobrevivem bem em condições de seca e não suportam condições de pouca oxigenação, mas agradecem, crescendo mais rápido se molhadas com frequência. Plantas que preferem solos pouco drenados toleram o alagamento e devem ser molhadas com maior frequência. Exemplos são o arroz e a orelha de lebre. Prefira solos argilosos para cultivá-las. Mas o mais importante de tudo é prestar atenção na sua plantinha. Se as folhas estão murchando ela precisa de maior disponibilidade hídrica.
Será que é o solo?
Pode ser, uma forma de testar é observar se bolhas formam na superfície do solo quando você molha. Tente regar com mais frequência. Regue devagar, respeitando a capacidade de armazenamento de água do solo. Sua plantinha pode não sabe falar, mas se você for um bom observador e um cuidadoso regador, saberá o quanto de água ela precisa.
domingo, 30 de setembro de 2012
Dica de saúde: Vamos comer menos sal e mais plantas?
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Alelopatia x Inseticida Botânico
A alelopatia pode influenciar o manejo das espécies, sendo definida como um processo que envolve a produção de metabólitos denominados aleloquímicos ou compostos secundários, produzidos por plantas e microorganismos que podem influenciar na germinação ou no desenvolvimento de outras espécies sensíveis aos aleloquímicos (Rice, 1984).
Eles estão presentes em quase todos os tecidos das plantas, incluíndo folhas, caules, raizes, flores, frutos e sementes. A liberação no ambiente pode ocorrer por volatização, lixiviação através da chuva ou sereno, exsudação do sistema radicular e por decomposição (Almeida, 1991).
Ao saber quais espécies são alelopáticas podemos utilizar esse aspecto a nosso favor, seja controlando o manejo de culturas, utilizando como controle biológico de espécies invasoras indesejáveis, recuperando áreas degradadas ou contribuindo com o processo ecológico uma vez que a dominância vegetal é influenciada por essas espécies.
As plantas alelopáticas, ao longo de sua evolução, desenvolveram suas próprias defesas contra insetos herbívoros, sintetizando substâncias com atividade tóxica contra insetos, podendo em alguns casos matá-los e, em outros, ter ação repelente. Os inseticidas botânicos são produtos derivados dessas plantas, podendo ser o próprio material vegetal ou produtos derivados por extração aquosa ou com solventes orgânicos como o álcool, éter, acetona, clorofôrmio, etc.
O uso dos aleloquímicos na produção de inseticidas botânicos tem sido uma forte tendência de mercado , tendo em vista a maior conscientização sobre os impactos causados no ambiente pelos inseticidas sintéticos ainda utilizados em grande escala. Esses impactos vão desde a poluição dos solos e das águas até a morte de microorganismos muito importantes no equilíbrio ecológico de diversas espécies. Já os inseticidas botânicos, após comprovado seu potencial e isenção de efeitos prejudiciais na espécie receptora, não causam esses impactos ambientais.
Grandes descobertas vem sendo feitas e muitas espécies alelopáticas e inseticidas já foram comprovadas. Para a determinação da atividade alelopática são utilizados bioensaios de laboratório que visam a obtenção de resultados rápidos, sob condições controladas. A germinação das sementes é um parâmetro frequentemente avaliado em estudos alelopáticos devido à fácil quantificação e resposta visível. Outro critério facilmente avaliado é o efeito do aleloquímico sobre a velocidade de germinação. A massa seca da raiz e parte aérea, o comprimento das plântulas e a presença de pêlos absorventes são parâmetros bastante usados para se avaliar o efeito alelopático sobre o crescimento (FERREIRA &AQUILA, 2000).
Podemos citar alguns exemplos já comprovados como inseticidas botânicos : os extratos a base de nim , a Trichilia pallida que tem efeito no controle de moscas-brancas e lagartas e a Melia azadarach que tem efeito no controle de grilos, gafanhotos e pulgões (Souza & Vendramim, 2000; Roel et al., 2000; Brunherotto & Vendramim, 2001; Souza &Vendramim, 2001).
Sobre as espécies comprovadamente alelopaticas podemos citar o Capim mimoso -Poá Sp. que afeta o tomate ; Alho silvestre - Allium vineale que afeta o trigo; a língua de vaca -Rumex cripsus afeta o milho, caruru e sorgo (Itamar, 1988). O beijinho -Impatiens walleriana induz a germinação da cevada (Santiago et al., 2002). O pequi também foi descoberto como possuidor de substâncias alelopáticas (Oliva, 2008).
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F.S. DE. Efeitos alelopáticos de resíduos vegetais. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.26, n.2, p. 221-236, 1991.
BRUNHEROTTO, R.; VENDRAMIM, J.D. Bioatividade de extratos aquosos de
Meliaazedarach L. sobre o desenvolvimento de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera:Gelechiidae) em tomateiro. Neotropical Entomology , 30: 455-459, 2001
FERREIRA, A. G. & AQUILA, M. E. A. Alelopatia: uma área emergente da ecofisiologia. In: VII Congresso Brasileiro de Fisiologia Vegetal, 1999, DF. Laboratório de Fisiologia Vegetal, Departamento de Botânica, Brasília, DF.
OLIVA, K. M. F. Atividade alelopática de extratos de Caryocar brasiliense Camb. sobre a germinação, crescimento e aspectos bioquímicos e fisiológicos em Bidens pilosa, Glycine Max e Zea mays. 2006. 82f. Tese (Doutorado em Fisiologia vegetal) – Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Viçosa, MG.
RICE, E.L. Allelopathy. 2nd ed, New York, Academic Press, 1984.
ROEL, A.R.; VENDRAMIM, J.D.;FRIGHETTO, R.T.S.; FRIGHETTO, N. Efeito do extratoacetato de etila de Trichilia pallida Swartz (Meliaceae) no desenvolvimento esobrevivência da lagarta-do-cartucho. Bragantia , 59: 53-58, 2000.
SANTIAGO, A.S; SILVA O.A.A.; RODRIGUES, E.; ANTOMIAZZI, N; BACH, E. A. Efeito aleopático do extrato de Impatiens walleriana sobre sementes de cevada. Revista científica Uninove , São Paulo – SP, p. 17-20, 2002.
SOUZA, A.P. DE; VENDRAMIM, J.D. Atividade inseticida de extratos aquosos deMeliáceas sobre a mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) biótipo B (Hemiptera:Aleyrodidae).Neotropical Entomology , 30: 133-137, 2001
SOUZA, A.P.; VENDRAMIM, J.D. Atividade ovicida de extratos aquosos de meliáceassobre a mosca branca Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo b em tomateiro. ScientiaAgricola , 57: 403-406, 2000
TAIZ, L. & ZEIGER E. Fisiologia Vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Artimed, 2004.